Romance A família Canuto

Romance A família Canuto
Romance A família Canuto e a Luta camponesa na Amazônia. Prêmio Jabuti de Literatura.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Ser moderno

Ser moderno

Há muitos anos ouço o termo "moderno" como sinônimo de atualizado, vanguarda, algo de surpreendente valor. Esse tratamento é comum nos festivais de arte e no meio universitário quando se quer elogiar ou comentar um trabalho artístico. Todavia, tenho acompanhado algumas experiências e estudos que vão além desse patamar conceitual. Lembro que muitos profissionais da educação, que tem formação em arte, não tem clareza do conceito teórico sobre o tema. Lembro Andy Hargreaves que no seu livro "Profesorado, cultura y posmodernidad", Edições Morata, Madrid, 1995, esclarece que:
"Modernidade", 'modernismo" e modernização são palavras similares mesmo que com significação muito característicos. Modernidade descreve uma determinada condição social com componentes sociais, políticos, culturais e econômicos. Modernismo é uma forma intelectual, estética e cultural ou o movimento mediante o qual se expressa ou apresenta essa forma. Modernização é um processo econômico e político de desenvolvimento e mudança."
Então, ao generalizar o termo moderno pode-se cair no erro do uso indevido, até porque o pensamento moderno tem origem no século XVI. Logo, denominar um trabalho de moderno, necessariamente, não corresponde a algo novo.
Carlos Cartaxo na exposição de Salvador Dali no Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro.
No meu romance "Amor invisível: artes e possibilidades narrativas", fruto da minha tese de doutorado, abordo essa questão no âmbito escolar. A opção de trabalhar o resultado final do meu doutorado, a tese, como um romance, no caso uma obra narrativa, foi uma iniciativa pós-moderna, logo nada moderna, de tratar a pesquisa em arte de forma diferenciada, buscando novos recursos, motivadores e atrativos, fugindo do tratamento moderno que continua sendo trabalhado na escola formal.  

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Possibilidades narrativas para o ensino de arte

Possibilidades narrativas para o ensino de arte


Eu trabalho com a perspectiva de pesquisar possibilidades narrativas que sejam diferenciais para o ensino de arte e em especial das artes cênicas.
Sou um caçador de ideias novas no ensino de arte e vi na exposição Sapatos vermelhos (Zapatos Rojos) de Elina  Chauvet que está no ABC em São Paulo, Brasil, até final de dezembro de 2015 uma fonte de referência que pode gerar inspirações múltiplas para o ensino de arte.
A ideia é através do trabalho visual, que é uma instalação de arte pública, trazer à discussão a questão da violência contra a mulher que se estabelece em todo mundo.
O projeto teve inicio em 2009 na cidade de Juárez, no México, se expandiu pela Itália, Reino Unido, Noruega, Espanha, Brasil e está em circulação.
No momento em que discutimos sobre a qualidade no e do ensino de arte, temos uma experiência que pode inspirar outros procedimentos narrativos para o ensino nessa área. A arte tem a capacidade de impactar, motivar e despertar análises e críticas sobre comportamentos sociais que tem causado estranhamento e desvios no trato e respeito com o ser humano e a natureza. Nesse sentido, espero que projetos dessa natureza surjam nas escolas e tornem o ensino de arte mais dinâmico, provocar, estimulante e prazeroso.

ZAPATOS ROJOS
Elina Chauvet
Sapatos Vermelhos ABC
São Paulo, BRASIL
ago a dez 2015




Fonte: http://pt.slideshare.net/oficinativa/sapatos-vermelhos-abc-ago-a-dez-2015